2022 - Atual - Território, afeto e ancestralidade: epistemologias quilombolas para o Ensino de História na Educação Básica

Coordenadora: Profa. Dra. Mariléa de Almeida

Este projeto de pesquisa visa a produção de subsídios teóricos para o ensino de História na Educação Básica, a fim de colaborar com a construção de práticas de ensino balizadas pelos princípios da educação antirracista, cujo projeto ético orienta-se pelo respeito e pela valorização das diferenças. Para tanto, investiga de que modo o ensino de História pode se beneficiar do conhecimento produzido pelas mulheres quilombolas que atuam na luta pela terra. O arco temporal percorre a emergência do direito territorial quilombola na Constituição Federal (1988), focalizando o momento de organização e consolidação do Coletivo de Mulheres da Coordenação Nacional da Articulação de Quilombos (CONAQ), ocorridas entre 2011 e 2016. Vale ressaltar que esta proposta alinha-se às diretrizes da educação antirracista expressas na Lei n. 10.639/03, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, incluindo nos currículos da rede de ensinos fundamental e médio a obrigatoriedade da temática “História e Cultura Afro-brasileira"; na Lei n. 11.645/08, que determinou a obrigatoriedade da inclusão do estudo da História e Cultura Afro-Brasileira e Indígena nos ensinos fundamental e médio, públicos e privados; e nos parâmetros das Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação das Relações Étnico-Raciais e para o Ensino de História e Cultura Afro-Brasileira e Africana, de 2004.

 

2022 - Atual -  Mbopyau: aprendendo histórias com os povos indígenas.

Coordenadora: Profa. Dra. Susane Rodrigues de Oliveira

Trata-se de um projeto desenvolvido nas atividades de estágio supervisionado realizadas no Laboratório de Ensino de História da UnB, por estudantes do curso de Licenciatura em História. “Mbopyau” quer dizer na língua guarani “relembrar, deixar novo, renovar”, é com esse sentido que o projeto pretende o planejamento e aplicação de oficinas pedagógicas e materiais didáticos de História Indígena nas escolas públicas do Distrito Federal. Desse modo, o objetivo principal é colaborar na implementação da Lei 11.645/08 junto aos conteúdos elencados pela BNCC de História para os anos finais do Ensino Fundamental, priorizando a educação das relações étnico-raciais e a formação do pensamento histórico através de atividades leitura e interpretação de fontes documentais e narrativas históricas de autoria indígena em sala de aula.

 

2020 - Atual - Outras Brasílias: ensino de história a partir de fontes documentais do Arquivo Público do Distrito Federal

Coordenadora: Profa. Dra. Cristiane de Assis Portela

Análise de fontes documentais que compõem o acervo do Arquivo Público do Distrito Federal (ArPDF). A partir dessa análise será elaborado o produto final, que consiste em uma publicação composta por um conjunto de quatro sequências didáticas temáticas e dois filmes de curta-metragem inspirados na perspectiva de cinema de arquivo. Estas, apresentarão estratégias metodológicas de uso de fontes documentais para o ensino de história em escolas do Distrito Federal, sendo destinadas a professores do Ensino Médio da Secretaria de Educação do Distrito Federal (SEEDF).

 

2022 - Atual -  Aprendizagens em História nas escolas do Distrito Federal

COORDENAÇÃO: Profa. Dra. Cristiane de Assis Portela, Profa. Dra. Susane R. de Oliveira

Este projeto de pesquisa, realizado nas atividades de estágio docente supervisionado, se dedica ao estudo e investigação das aprendizagens da História em turmas dos Anos Finais do Ensino Fundamental em escolas públicas do Distrito Federal. Com esse intuito pretende colaborar com estudos e pesquisas que permitam aos/às professores/as (em atuação e na formação inicial) refletir sobre os problemas e dificuldades de aprendizagem dos/as estudantes, tendo em vista a compreensão e melhoria das relações de ensino-aprendizagem na disciplina de História, bem como a recomposição das aprendizagens. Nossa inserção nas escolas será feita por equipes de trabalho, compostas por estudantes do curso de licenciatura em História, que irão desenvolver as seguintes atividades no cotidiano escolar: 1) entrevista com um/a professor/a de História; 2) observação de aulas de História, 3) aplicação de questionários e 4) realização de roda de conversa com estudantes de uma turma do ensino fundamental. As entrevistas pretendem sondar os saberes docentes e as relações entre práticas de ensino e aprendizagens da História, bem como as necessidades e interesses formativos docentes para o ensino de História. A observação em sala de aula terá como foco a participação e comportamento dos/as estudantes, tendo em vista a identificação de aspectos e questões que incidem nas aprendizagens da História. Os questionários e a roda de conversa com os/as estudantes proporcionarão o reconhecimento das perspectivas, representações, concepções, dificuldades e expectativas dos/as próprios/as estudantes em relação à História, ao ensino de História e às aprendizagens da História. Os resultados destas atividades de pesquisa serão sistematizados, analisados e debatidos no Laboratório de Ensino de História e, posteriormente, publicados e disponibilizados aos/às professores/as que participaram desta pesquisa nas escolas. A partir dessa pesquisa será possível mapear as demandas e necessidades em torno das aprendizagens ou recomposição das aprendizagens em História tendo em vista, posteriormente, a organização de eventos e cursos de aperfeiçoamento docente, bem como o planejamento e aplicação de oficinas pedagógicas, por nossas equipes de trabalho, para os estudantes das escolas.

 

2022 - Atual – LABHIS_Experimental: ensino de História a partir de metodologias investigativas e pluriepistêmicas

COORDENAÇÃO: Profa. Dra. Cristiane de Assis Portela

Este projeto propõe realizar pesquisas sobre o ensino e as aprendizagens históricas, a partir de metodologias investigativas e pluriepistêmicas. Por pluriepistemologias, entendemos abordagens que privilegiam os saberes elaborados por sujeitos e coletivos que historicamente foram colocados à margem dos sistemas de conhecimento considerados legítimos pela ciência ocidental moderna. Especificamente, nos interessa tratar a história do Brasil, atentas às narrativas produzidas por povos indígenas, quilombolas, sujeitos de outras comunidades tradicionais e coletivos educadores informais ou não-formais. As leis 10.639/2003 e 11.645/2008 e as diretrizes para educação indígena, quilombola e do campo, foram conquistas importantes, mas ainda nos preocupa uma leitura conteudista, etapista e eurocentrada, mesmo ao tratar temas da história africana, afro-brasileira e indígena. Grande parte dessas demandas envolvem a formação de professores, a produção de materiais didáticos e de produtos de divulgação histórica que possibilitem reconhecer narrativas contra-hegemônicas. Experiências de história local têm dado mostras de seu potencial para lidar com questões relativas à pluralidade de sujeitos, narrativas e temas. Propomos a construção de um laboratório de pesquisa colaborativa em que atuem pesquisadores de origem comunitária e coletivos educadores em três localidades bastante distintas entre si: Distrito Federal, Jataí-GO e Uberlândia-MG. No que se refere à metodologia, nos orientamos pelo uso de fontes documentais em sala de aula. Entende-se por metodologias investigativas aquelas que associam a pesquisa histórica a estratégias didáticas em que se apresenta ?um caso? associado a uma problematização, em que as fontes documentais se convertem em pistas e os problemas de pesquisa em trilhas investigativas, assim, os procedimentos próprios da produção historiográfica são mobilizados como ferramentas para a construção do conhecimento, desde a escola e para públicos mais amplos.

 

2014 - Atual – Ensino de História, Gênero e Subjetivação: entre currículos, livros didáticos e saberes docentes

COORDENAÇÃO: Profa. Dra. Susane Rodrigues de Oliveira

Esta pesquisa é um desdobramento do Projeto "Histórias do Possível: Representações, Subjetivação e Resistência". Trata-se de um estudo das representações de gênero veiculadas em livros didáticos, currículos, planos de aula e saberes docentes voltados para o ensino de História na educação básica, nas duas últimas décadas. Ao atuar no nível do corpo, as representações de gênero, na sua intersecção com a raça, classe, etnia, sexualidade e outros marcadores de diferença social, educam e ensinam maneiras de ser e estar em sociedade, constituindo dispositivos de subjetivação, ou seja, um conjunto de referências com os quais os sujeitos podem se reconhecer e se posicionar na vida social. Ao abarcar o ensino de história das mulheres e também das masculinidades, numa perspectiva interseccional, antirracista e pós-colonial, pretendemos não só elucidar os fundamentos históricos, discursivos, políticos e pedagógicos dos modos de produção e circulação de sujeitos e subjetividades na cultura histórica escolar, mas também desconstruir narrativas sexistas e racistas, confrontando-as com outras fontes, memórias e histórias que permitam educar para a desnaturalização e enfrentamento das desigualdades étnico-raciais e de gênero. Estes estudos envolvem também a produção de orientações para o ensino de História, materiais didáticos e projetos de formação de professores de História. Em 2018-2019, as atividades desse projeto foram integradas ao pós-doutorado realizado junto ao Departamento de História da Unicamp e ao Instituto de Investigaciones Feministas da Universidad Complutense de Madrid (Espanha), com o objetivo de analisar as representações de violência contra mulheres em livros didáticos de História aprovados no PNLD de 2018 para o Ensino Médio. No âmbito deste projeto organizamos o Dossiê "Ensino de História das Mulheres" publicado na Revista Labrys (número 27 de 2015).

 

2011 – Atual - A Idade Média em Sala de Aula

COORDENAÇÃO: Profa. Dra. Edlene Silva

A pesquisa objetiva problematizar e elaborar materiais didáticos compostos por fontes primárias medievais para o ensino de História na educação básica. Visa ainda a estruturação e funcionamento do site A Idade Média em Sala de Aula, bem como a análise de representações do medievo em livros didáticos de História produzidos a partir de 1990 e em filmes históricos que tratam da Idade Média. O site "A Idade Média em Sala de Aula" é um projeto amplo que vem se constituindo num repositório de pesquisas, informações e divulgação do ensino de Idade Média, mas também da área de Teoria e Metodologia do Ensino de História do Departamento de História  da UnB. Esperamos, por meio desse site, contribuir para uma intensificação das relações entre a Universidade e a escola. O site "A Idade Média em Sala de Aula" já se encontra estruturado e está disponível no endereço eletrônico: http://www.idademedianaescola.com.br/.