2022 - Atual – Pesquisa-ação na aprendizagem e aprimoramento da docência em História - Subprojeto de História (PIBID/UnB/CAPES)

COORDENAÇÃO: Profa. Dra. Susane Rodrigues de Oliveira

O Subprojeto de História no PIBID/UnB tem por objetivo a utilização da pesquisa-ação como estratégia metodológica de aprendizagem e aperfeiçoamento da docência em História. Através da inserção dos/as licenciandos/as nas escolas-campo, com vistas ao reconhecimento dos desafios, problemas e necessidades do ensino e aprendizagem da História nos anos finais do Ensino Fundamental, pretende-se o desenvolvimento e aplicação projetos de pesquisa-ação focados na inovação e aprimoramento do ensino de História, de acordo com os interesses e necessidades de cada escola-campo. Essa inserção colaborativa, focada na formação de professores/as pesquisadores/as, pretende estimular a produção de conhecimentos sobre o ensino-aprendizagem da História, bem como a produção autoral docente de materiais didáticos e planos de aula. Trata-se, portanto, de uma pesquisa sobre e para o ensino de História, pautada numa prática educativa reflexiva e libertadora, onde se aprende com a experiência e com o diálogo com os/as professores/as supervisores/as, em uma ação colaborativa entre a universidade e a escola. Participam deste projeto 20 estudantes (16 bolsistas e 4 voluntários), dois professores supervisores (bolsistas) e duas escolas do Distrito Federal: CEF CASEB e CEF 02 de Ceilândia. O projeto conta com bolsas da CAPES.

 

2022 - Atual -  Aprendizagens em História nas escolas do Distrito Federal

COORDENAÇÃO: Profa. Dra. Cristiane de Assis Portela, Profa. Dra. Susane R. de Oliveira

Este projeto de pesquisa, realizado nas atividades de estágio docente supervisionado, se dedica ao estudo e investigação das aprendizagens da História em turmas dos Anos Finais do Ensino Fundamental em escolas públicas do Distrito Federal. Com esse intuito pretende colaborar com estudos e pesquisas que permitam aos/às professores/as (em atuação e na formação inicial) refletir sobre os problemas e dificuldades de aprendizagem dos/as estudantes, tendo em vista a compreensão e melhoria das relações de ensino-aprendizagem na disciplina de História, bem como a recomposição das aprendizagens. Nossa inserção nas escolas será feita por equipes de trabalho, compostas por estudantes do curso de licenciatura em História, que irão desenvolver as seguintes atividades no cotidiano escolar: 1) entrevista com um/a professor/a de História; 2) observação de aulas de História, 3) aplicação de questionários e 4) realização de roda de conversa com estudantes de uma turma do ensino fundamental. As entrevistas pretendem sondar os saberes docentes e as relações entre práticas de ensino e aprendizagens da História, bem como as necessidades e interesses formativos docentes para o ensino de História. A observação em sala de aula terá como foco a participação e comportamento dos/as estudantes, tendo em vista a identificação de aspectos e questões que incidem nas aprendizagens da História. Os questionários e a roda de conversa com os/as estudantes proporcionarão o reconhecimento das perspectivas, representações, concepções, dificuldades e expectativas dos/as próprios/as estudantes em relação à História, ao ensino de História e às aprendizagens da História. Os resultados destas atividades de pesquisa serão sistematizados, analisados e debatidos no Laboratório de Ensino de História e, posteriormente, publicados e disponibilizados aos/às professores/as que participaram desta pesquisa nas escolas. A partir dessa pesquisa será possível mapear as demandas e necessidades em torno das aprendizagens ou recomposição das aprendizagens em História tendo em vista, posteriormente, a organização de eventos e cursos de aperfeiçoamento docente, bem como o planejamento e aplicação de oficinas pedagógicas, por nossas equipes de trabalho, para os estudantes das escolas.

 

2022 - Atual – LABHIS_Experimental: ensino de História a partir de metodologias investigativas e pluriepistêmicas

COORDENAÇÃO: Profa. Dra. Cristiane de Assis Portela

Este projeto propõe realizar pesquisas sobre o ensino e as aprendizagens históricas, a partir de metodologias investigativas e pluriepistêmicas. Por pluriepistemologias, entendemos abordagens que privilegiam os saberes elaborados por sujeitos e coletivos que historicamente foram colocados à margem dos sistemas de conhecimento considerados legítimos pela ciência ocidental moderna. Especificamente, nos interessa tratar a história do Brasil, atentas às narrativas produzidas por povos indígenas, quilombolas, sujeitos de outras comunidades tradicionais e coletivos educadores informais ou não-formais. As leis 10.639/2003 e 11.645/2008 e as diretrizes para educação indígena, quilombola e do campo, foram conquistas importantes, mas ainda nos preocupa uma leitura conteudista, etapista e eurocentrada, mesmo ao tratar temas da história africana, afro-brasileira e indígena. Grande parte dessas demandas envolvem a formação de professores, a produção de materiais didáticos e de produtos de divulgação histórica que possibilitem reconhecer narrativas contra-hegemônicas. Experiências de história local têm dado mostras de seu potencial para lidar com questões relativas à pluralidade de sujeitos, narrativas e temas. Propomos a construção de um laboratório de pesquisa colaborativa em que atuem pesquisadores de origem comunitária e coletivos educadores em três localidades bastante distintas entre si: Distrito Federal, Jataí-GO e Uberlândia-MG. No que se refere à metodologia, nos orientamos pelo uso de fontes documentais em sala de aula. Entende-se por metodologias investigativas aquelas que associam a pesquisa histórica a estratégias didáticas em que se apresenta ?um caso? associado a uma problematização, em que as fontes documentais se convertem em pistas e os problemas de pesquisa em trilhas investigativas, assim, os procedimentos próprios da produção historiográfica são mobilizados como ferramentas para a construção do conhecimento, desde a escola e para públicos mais amplos.

 

2020 - Atual - O ensino de História das mulheres nos Planos de Aula da Nova Escola (2017-2020): representações e saberes docentes

PESQUISADORA (mestranda no PPGHIS/UnB): Bárbara de Almeida Carvalho

ORIENTADORA: Profa. Dra. Susane Rodrigues de Oliveira

O presente projeto busca analisar a representação das mulheres nos planos de aula do projeto “Planos de Aula NOVA ESCOLA”, disponibilizados pela Associação Nova Escola, em sua plataforma online1 , para o ensino de história nos anos finais do ensino fundamental. Pretendese descobrir se há tentativa, por parte da Nova Escola, de construir mecanismos de gerenciamento das práticas docentes em sala de aula e se esses mecanismos andam de acordo com o objetivo de fortalecer a igualdade de gênero, compreendendo de que forma o atendimento à Base Nacional Comum Curricular (BNCC) se encaixa nesse projeto. Para a realização dessa investigação, será analisada, inicialmente, a representação das mulheres em onze planos de aula do projeto, que, como apresentados pela plataforma, são alinhados com as competências e habilidades da BNCC. Serão investigados também outros materiais fornecidos pela plataforma, como a Revista Nova Escola, que apresenta planos de aula anteriores ao projeto mencionado, com a finalidade de que um levantamento da história da associação seja feito, considerando permanências e rupturas no modo como são inseridas as representações das mulheres no ensino de história.

 

2019 - Atual - Histórias em disputa: discursos e relações de poder na elaboração da Base Nacional Comum Curricular de História para o Ensino Fundamental (2015-2017)

PESQUISADOR (doutorando no PPGHIS): Artur Nogueira Santos e Costa

ORIENTADORA: Profa. Dra. Susane Rodrigues de Oliveira

Que discursos sobre os currículos de História emergiram durante o processo de elaboração da Base Nacional Comum Curricular (BNCC) para o Ensino Fundamental, entre os anos de 2015 e 2017? Essa é a questão norteadora desta proposta de pesquisa, centrada no esforço de compreender e historicizar as relações de poder-saber que presidiram o processo de elaboração da BNCC de História. O corpus de análise dessa pesquisa será constituído pelas três versões produzidas e tornadas públicas do documento da BNCC, os Pareceres Críticos elaborados por professores/as universitários/as, as notas publicadas por associações científicas (especialmente a ANPUH) e as publicações na/da imprensa sobre os currículos de História prescritos na BNCC. Na análise dessas práticas discursivas, busco identificar os sujeitos, grupos, instituições e movimentos envolvidos nas proposições, debates e avaliações da BNCC de História, atentando para suas concepções, lugares de fala, saberes, valores, interesses e poderes em torno da elaboração do currículo de História. Tais práticas discursivas permitem, portanto, desvelar os variados discursos e posicionamentos políticos, pedagógicos e epistemológicos em torno “do que”, “como” e “para que” ensinar história em nossa sociedade. Com esse intuito, busco ainda contribuir com os debates acerca das relações entre currículos, demandas sociais e poder no campo do ensino de História, partindo do princípio de que os currículos, da mesma forma que o conhecimento histórico escolar, são saberes construídos e legitimados socialmente e que, portanto, denotam posicionamentos e jogos de força que precisam ser elucidados.

  

2014 - Atual – Ensino de História, Gênero e Subjetivação: entre currículos, livros didáticos e saberes docentes

COORDENAÇÃO: Profa. Dra. Susane Rodrigues de Oliveira

Esta pesquisa é um desdobramento do Projeto "Histórias do Possível: Representações, Subjetivação e Resistência". Trata-se de um estudo das representações de gênero veiculadas em livros didáticos, currículos, planos de aula e saberes docentes voltados para o ensino de História na educação básica, nas duas últimas décadas. Ao atuar no nível do corpo, as representações de gênero, na sua intersecção com a raça, classe, etnia, sexualidade e outros marcadores de diferença social, educam e ensinam maneiras de ser e estar em sociedade, constituindo dispositivos de subjetivação, ou seja, um conjunto de referências com os quais os sujeitos podem se reconhecer e se posicionar na vida social. Ao abarcar o ensino de história das mulheres e também das masculinidades, numa perspectiva interseccional, antirracista e pós-colonial, pretendemos não só elucidar os fundamentos históricos, discursivos, políticos e pedagógicos dos modos de produção e circulação de sujeitos e subjetividades na cultura histórica escolar, mas também desconstruir narrativas sexistas e racistas, confrontando-as com outras fontes, memórias e histórias que permitam educar para a desnaturalização e enfrentamento das desigualdades étnico-raciais e de gênero. Estes estudos envolvem também a produção de orientações para o ensino de História, materiais didáticos e projetos de formação de professores de História. Em 2018-2019, as atividades desse projeto foram integradas ao pós-doutorado realizado junto ao Departamento de História da Unicamp e ao Instituto de Investigaciones Feministas da Universidad Complutense de Madrid (Espanha), com o objetivo de analisar as representações de violência contra mulheres em livros didáticos de História aprovados no PNLD de 2018 para o Ensino Médio. No âmbito deste projeto organizamos o Dossiê "Ensino de História das Mulheres" publicado na Revista Labrys (número 27 de 2015).

 

2012 – Atual - Cinema, História e Ensino de História

COORDENAÇÃO: Profa. Dra. Edlene Silva

A presente pesquisa pretende dar continuidade às investigações que venho realizando desde março de 2010 sobre as relações entre Cinema, História e o uso de imagens fílmicas em sala de aula. Estas relações são aqui entendidas e analisadas sobre os seguintes aspectos: o cinema como fonte primária e/ou como discurso da e sobre a história; como lugar de memória ou como espaço de representações que se voltam para as construções sobre o presente ou buscam reconstruir o passado; como lugar do imaginário coletivo; como nicho de identidades que se revelam sob uma nova linguagem capaz de dar suporte para o ensino da história.

 

2011 – Atual - A Idade Média em Sala de Aula

COORDENAÇÃO: Profa. Dra. Edlene Silva

A pesquisa objetiva problematizar e elaborar materiais didáticos compostos por fontes primárias medievais para o ensino de História na educação básica. Visa ainda a estruturação e funcionamento do site A Idade Média em Sala de Aula, bem como a análise de representações do medievo em livros didáticos de História produzidos a partir de 1990 e em filmes históricos que tratam da Idade Média. O site "A Idade Média em Sala de Aula" é um projeto amplo que vem se constituindo num repositório de pesquisas, informações e divulgação do ensino de Idade Média, mas também da área de Teoria e Metodologia do Ensino de História do Departamento de História  da UnB. Esperamos, por meio desse site, contribuir para uma intensificação das relações entre a Universidade e a escola. O site "A Idade Média em Sala de Aula" já se encontra estruturado e está disponível no endereço eletrônico: http://www.idademedianaescola.com.br/.

 

 2009 - Atual - O ensino de história africana no Mundo Atlântico. Brasil, Portugal e os PALOP

COORDENAÇÃO: Prof. Dr. Anderson Ribeiro Oliva

A investigação analisa as abordagens envolvendo o ensino de história da África no Mundo Atlântico, principalmente nos países da CPLP (Comunidade de Países de Língua Portuguesa). Destacamos que a ênfase da investigação estará concentrada na observação de como a história africana aparece nos espaços de produção e ensino do conhecimento histórico e na formação dos códigos disciplinares em História no espaço em estudo. Ao mesmo tempo nossos olhares serão dirigidos sobre os manuais escolares, os cursos de formação de professores, as legislações, a produção historiográfica referente aos estudos africanos e ao ensino de história. Soma-se a esse esforço o exercício de identificar as representações elaboradas sobre os africanos e as formas como elas se relacionam/ se revelam no ambiente escolar. Uma das intenções do projeto é montar um quadro comparativo acerca do tratamento da temática entre os países envolvidos na investigação e propor ações de cooperação, consultoria e montagem de grupos de estudo que articulem pesquisadores interessados no assunto. Neste caso compete esclarecer que no atual estágio a pesquisa ficará focada nas relações atlânticas entre o Brasil/Portugal e os PALOP (Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa), principalmente, Angola, Cabo-Verde e Moçambique.